sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Coisas que todos odiamos

Odiamos que alguém nos decepcione, sabe aquelas expectativas que criamos sobre um ser humano (engraçado né, nós seres humanos criando expectativa sobre outros, me soa mais que engraçado, muito irônico!) ? Pois é, a frustração da nossa vida é esperar algo em troca e não receber como esperado, ou não ver que recebemos. Assim como indignar com uma atitude de um amigo sem se quer entender o motivo que o fez agir daquela forma.

Odiamos também não alcançar nossos objetivos depois de uma intensa luta, como se a vitória fosse a nossa única conquista da nossa busca.

Temos pavor de pensar em perder uma pessoa especial, sem perceber que se realmente essa pessoa era especial ela estava do nosso lado em todos os momentos, seja desde a infância, desde alguns meses, seja em qualquer tempo que tenha entrado em nossa vida, ela fez a diferença. E nós, os animais mais inteligentes que a natureza criou, somos tão dotados de perspicuidade que não conseguimos desfrutar de excelso companhia enquanto temos oportunidade.

Ah essa é boa: detestamos aquilo que não é culto, não é erudito. Como se nossos gostos musicais, nossas escolhas profissionais, nossas opções em geral sejam melhores que a de outra pessoa qualquer. Como se a música ópera fosse muito mais bem composta que a mpb, o pagode desse de dez a zero no funk, como se o rock fosse bem mais crítico que o reggae, como se o que é diferente de mim não prestasse. Depois desses humildes (devido a sua pequenez) pensamentos temos a audácia de nos inconformar com pensamentos (e atitudes) elitistas que a sociedade (principalmente os políticos) tem, sendo que nós mesmo definimos o que é ou não cultura e mais inúmeras coisas.

Contradição. Nada mais medíocre que uma pessoa que se contradiz, essa que não tem personalidade e chega ate ter um caráter mórbido. Pessoalmente, esse é o ódio mais vulgar que percebo no ser humano. Se usarmos um pouco da nossa lucidez perceberemos que faz parte da nossa essência nos contradizer, mesmo porque tudo esta em constante mudança; a moda, a natureza, as cidades, as sociedades, nossos gostos em particular e até mesmo nossas convicções. É como ja havia dito antes: contraditório mesmo é manter-se imutável numa sociedade dialética.

Nada mais insuportável que pessoas fúteis, alienadas, "barraqueiras", superficiais, dramáticas, grosseiras e blá blá blá. Poderia continuar a citar infinitos ódios comuns aos seres humanos, para no fim tentar faze-lo perceber que toda essa hostilidade de, absolutamente, nada vale. E no quanto insisto bater da tecla do "simplesmente amar", porque eu ( e aposto que você também) nunca vi problema, intriga, desentendimento algum ser resolvido através do ódio, assim como também nunca vi hipocrisia maior que nós nos considerarmos "fodas" o suficiente para julgar.

Depois de tudo saio convicta daqui apenas de uma coisa: Jesus Cristo sabia muito bem do que falava quando nos aconselhava a não julgar o próximo.

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