quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Por que escolhi amar

Escolhi amar pelo simples fato de considerar esta a melhor maneira de superar os problemas. Trata-los com indiferença não resolve, apenas esquecemos temporariamente e chega uma certa hora que teremos que lidar com aquilo, alguma lembrança nos fará sentir novamente aquela dor; e é ai que vemos a vantagem de vencer pelo amor.

O amor é libertador, é independente... Se tratarmos nossas dores com amor temos resultados surpreendentes, nossas feridas não nos trazem mais recordações ruins, apenas as magníficas lições que aprendemos com tais acontecimentos.

Amar é um caminho difícil, ate aprender a dominar nosso ego, ate aprender que tudo tem três lados, ate aprender que amar o próximo não é nem de longe falta de amor próprio e sim respeito.

Respeito, doce consequência do amor! Não precisamos necessariamente amar a humanidade como amamos nossos pais, encarnar Jesus Cristo é realmente para poucos, mas respeito é o mínimo que devemos aos demais indivíduos.

Se soubéssemos realmente respeitar, respeitar as diferenças, respeitar os maus entendidos, respeitar as mágoas e até mesmo nos respeitar as dores nos dariam conclusões diferentes.

Se soubéssemos realmente respeitar, os fatos desagradáveis da vida continuariam ser desagradáveis porém, com outra perspectiva. Uma perspectiva simples, compreensiva e acima de tudo isenta de qualquer dominação egocentrica.

O ego é destruidor, controlador e nocivo. Um homem egocentrico é capaz de colocar, por exemplo, a Alemanha aos seus pés, subjugar quem achar necessário e se tornar escravo das suas vontades. E se bem nos conhecemos, se bem conhecemos os seres humanos, sabemos que mesmo que tenhamos o mundo para nós, sempre vamos querer mais e continuaremos insatisfeitos.

Amar por si só, por ter cuidado com o próximo, para superar... Essa é a melhor forma de tratar a vida, livre de decepções, livres do nosso ego, livre de quem admiramos e de nós mesmos. Amar para sempre ver na dor sua verdadeira mensagem, e não ver "o quanto o mundo é injusto comigo". Amar para tirar de nós essa venda, vulgo ego, dos olhos que nos impede de viver a vida intensamente e de modo independente.

"Não ame pela beleza ou a admiracão; ou um dia se decepcionarás. Ame apenas. O tempo não pode acabar com o amor sem explicação." Madre Teresa de Calcutá

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Onde esta você?

Longe do meu corpo
Da minha verdade
Da realidade

É meu sonho
E meu desejo
Sem disfarce

Onde esta você?
Além de aqui
Dentro de mim...

Belo é imagina-lo
Em completa sintonia
Aqui, do meu lado

Puro é acreditar
Nessa verdade não verídica
Que me consome a cada dia

Mas sempre supero
E espero
Pelo seu amor, amor sincero

O que sei é o que sinto
É subjetivo, implícito
É discreto

Sobre a verdade ja não sei
Só conheço a esperança
E a vontade de faze-lo real

Onde esta você?
Além de aqui
Dentro de mim...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

No País das Maravilhas


Gozado como as coisas são. Nunca pensei que fosse um dia enxergar a humanidade com olhos de criança.

Veja bem, quando eu era uma criança olhava tudo como tal, mas de fato não enxergava, entende?

O que quero dizer é que simplesmente ver é muito diferente de enxergar.

Hoje, por traz dos olhos de uma mulher, tem um senso crítico absurdo de uma criança muito muito má, que questiona tudo que vê e tudo que ouve, como se fosse perfeita.

Acontece que é tudo tão espontâneo em mim, que é impossível conter. Escrevo sobre os pensamentos, porque as palavras nunca saem quando deviam sair. Incrível é a minha capacidade de inibi-las. Fico pensando em inúmeros momentos que deixei de viver simplesmente porque me calei. Sabe aquelas ultimas frases antes de um beijo? (naqueles filmes água com açúcar) ou qualquer comentário que alguém espera, em um infinito segundo de silêncio.

Acredito no caráter e na verdade que cada um tem dentro de si, acredito na criança louca para fazer uma observação pura, cruel e sem pudor, mas contida pelas boas maneiras, acredito no Pais das Maravilhas onde todos são loucos simplesmente por estarem lá. Você sabia que cada pessoa que diz que fadas não existem, de forma muito cruel uma delas morre? Também dizem na Terra do Nunca que 1 menina vale por 20 meninos! E ainda que pensamentos felizes te fazem voar... Isso não te parece loucura? Também achava insano, até que certo dia resolvi assistir o Jornal Nacional.

Érica Ferraz

sábado, 11 de dezembro de 2010

Primeiro Amor



Experiência de todo ser humano, o primeiro amor. Mais imaturo, talvez o mais sincero, sem dúvida o mais intenso. Aquele que lembramos o resto da vida, rindo ou chorando, de alguma forma lembramos...

Então quais seriam os ensinamentos do primeiro amor?

Intensidade. Estamos livres de qualquer carga emotiva traumática, prontos para viver essa experiência ao máximo, ate exageradamente dado a inexperiência. Cheios de expectativas, curiosos e fortes.

A beleza da ingenuidade. ''O meu caso é diferente, vai ser pra sempre!" Quem nunca disse isso ao se tratar do seu primeiro amor? Nossa pureza é capaz de cada coisa, uma delas é ignorar tudo que vemos e ouvimos para viver a nossa experiência, o nosso momento.

Sinceridade. Nós sentimos, falamos e agimos sem medo, sem timidez, sem preconceitos. Movidos apenas por aquele sentimento predominante, como ja dito, ingênuo e intenso.

A dor. Dor da decepção, da conclusão, da expectativa. "O pra sempre, sempre acaba" como diria Renato Russo... Sofremos tanto por termos nos expostos com sinceridade, e vemos isso como se fosse a pior coisa do mundo, o nosso fim.

Desilusão. Nos tornamos céticos, revestidos de espinhos, tudo por medo, traumatizados por termos sido tão sinceros e abdicado de tantas coisas por alguém que não nos deu o devido valor. Nos vitimizamos como se isso não fosse natural.

Amadurecimento. O prazer de todas as etapas é chegar nessa, quando você percebe que não existe vítima, respeita a sua dor e a do outro, respeita seu momento sem desdenho, sabe que o que você passou foi realmente sincero, serviu muito para seu crescimento, não tem por que se envergonhar ou arrepender.

Quem sabe depois de passar por isso tudo estamos realmente preparados a nos entregar ponderadamente. Mas considerando a espécie humana, temos que avaliar todas as possibilidades. Ahh as diferenças, essa é a nossa maior beleza! Isso aqui descrito por mim pode não ter acontecido com você ou ocorreu de uma forma diferente, questionar e criticar também faz parte de nossas diferenças. Como sempre digo e reforço novamente, as diferenças que nos movimenta e é totalmente digna de apreciação, além do mais é nelas que tiramos grandes lições.

Por isso, saboreie sua fase como deve ser, sem receio. Só teremos realmente vivido de modo que valha a pena se sairmos diferentes de como entramos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Preliminar II


Percebo que ao passar o tempo só mudamos porque realmente vivemos, e não simplesmente por ''celebrar'' mais um dia/mês/ano vivo. Por mais que leiamos milhões de reflexões a respeito, só aprendemos quando passamos por certas situações, a se revivermos modificações do tipo, tiraremos mais lições.

Essas mudanças inicialmente podem ser desconfortáveis, mas quando nos conciliamos com elas nos sentimos tão bem, principalmente porque a entendemos como amadurecimento, e não como mais um fato da vida.

Mas não é meu propósito aqui discutir sobre metamorfoses em geral, mas sim compartilhar as minhas mudanças, por isso o título semelhante ao primeiro poste do blog!

Sobre o blog, ás vezes tenho vontade de apagar uns postes mais antigos, vejo textos que antes adorava e hoje acho bem mais fracos, assim concluo que ainda continuo insegura, com medo do fracasso. Mas respeito meu passado, além do mais naquele momento aquilo me serviu pra alguma coisa, me fez bem de alguma forma, fazia completo sentido por algum motivo.

Família, nossa viver sem meus pais virou minha vida de pernas pro ar. Entendi porque de fato nem tentei ir pra uma faculdade federal - apesar de achar que isso me amadureceria muito - o que não adiantou muito, no fim acabei sem eles por perto. Sinto mais união entre eu e meus irmãos, apesar dos pesares, finalmente todos estamos aprendendo a nos da o verdadeiro valor, e expressar nosso amor uns pelos outros.

Amigos, acho que estou aprendendo a coloca-los no seu devido lugar, depois da minha família. Por muito tempo priorizei eles, e justamente por isso hoje aprendi a da valor a família. Porque nossos amigos não nos amam tanto quanto nossos irmãos, se eles nos decepcionam ou nós os decepcionamos temos a simples opção de afastar e fazer novas amizades, como um produto renovável. Mas é na família que dialogamos, que respeitamos e amamos independente de qualquer desentendimento, e com isso crescemos. Os amigos além de estarem sujeitos a nos decepcionar podem nos abandonar e nos esquecerem; família pode tudo, menos nos esquecer.

Relacionamento com o sexo oposto. Bem, a lição que tirei dessa área serve para qualquer outra que envolva ser humano, não espere nada em troca. Dê tudo de bom que você conseguir, viva esse momento com sinceridade e quando passar, que passe! Não existe único e verdadeiro amor, amar é uma questão de escolha. Se não deu certo foi questão de momento, seu ou do seu parceiro. Quanto as decepções, supere-as. Mas você só se decepciona quando espera algo em troca, por isso defendo tanto ''simplesmente amar'', é a sua melhor defesa, melhor que fazer a ''@BlairVadia'', uma frustrada, ríspida e cética, que encontra sua felicidade na humilhação do inimigo.

História, me apaixono cada dia mais e mais! Um curso espetacular, onde aprendemos sobre grandes homens, famosos ou não, e também grandes eventos de várias formas, da dita oficial à micro, subjetiva. Construimos e descontruimos valores, para no fim chegarmos a belíssima conclusão que não há historia, há historias. Não há verdade, há verdades. Não há sociedade, há sociedades. Não há ser humano, por mais alienados que sejam ou não, há seres humanos. Essa é a encantadora essência da nossa espécie, as diferenças! Me soa irônico sermos tão diferentes e até hoje não sabermos nos respeitar... mas isso é nós. Passíveis de mudanças, capazes de eclodir uma revolução mundial, curiosos, intensos, racionais, VIVOS! Agora o que cada um fazemos com essa essência ja entra em outra discussão. Isso é um pouco do que é história, o homem e suas mudanças.

Enfim, eu paro por aqui, há tanto para discutir mas, é melhor viver e aprender mais um pouco... Apesar de um texto totalmente particular, finalizo com uma perspectiva peculiar musical, como sempre:

Que a lente do amor aumente, faça em presença o que é ausente, porque só se vive por um triz Skank - Por Um Triz

Obs.: Agradeço a minha grande amiga, Barbara Reccanelo, por me apresentar essa belíssima música e principalmente por me ensinar muitas das coisas as quais citei nesta reflexão, e sinto no coração.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Pássaro


Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.

Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.

Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.

Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.

Cecilia Meireles

domingo, 5 de dezembro de 2010

Simplesmente Amar


É o preço para quem quer ser livre. Livre das expectativas, das cobranças, exigências... Livre do seu próximo.

Quando amamos ao próximo apenas por respeito, por ver nele um indivíduo com qualidades e defeitos e por termos consciência da pré-disposição humana que é sempre estar sujeito a errar, somos verdadeiramente independentes.

Nada mais satisfatório que ter um coração independente, o qual sempre mantém sua paz em qualquer circunstância, compreende os acontecimentos do nosso dia-a-dia e por mais que lhe desagrade, não se abala, além do mais é alheio aos desgostos causados pelo homem, justamente por entender as fragilidades do ser humano e ser livre de qualquer ambição de receber algo em troca.

Amar por apenas amar, sem esperar reciprocidade. Amar por apenas respeitar, e enxergar todos como um ser humano; tão propício a errar quanto nós mesmos.

E assim, curar nossas feridas, causadas por nós mesmos que acreditamos na doce ilusão de que uma mãe, amigo ou um professor, jamais nos decepcionará.

Esse amor é um desejo , uma meta, que acho válido enfrentar tudo para chegar a esse estágio; o estágio da liberdade, da plena busca pela paz interior, o estágio mais singelo do homem.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Des x Re construção

E quando a imortalidade de suas verdades são colocadas a prova e você se depara com um resultado surpreendente...

De repente todas as suas concepções desmoronam, aquilo que lhe satisfazia hoje não faz o menor sentido. Começando do zero, anseia pelo dia que tudo irá se restabelecer.

"Quem procura acha!" Se achamos aquilo o que queríamos e ate mais, por quê nos assustamos? Comodismo seria uma boa justificativa, mesmo porque "reproduzir" é muito mais fácil que "construir", mas desmascarar essas reproduções pode ser frustrante, transtornante e inquietante.

Depois de desconstruir todas as suas convicções o orgulho e a indignação se afloram, principalmente ao situar que logo você que se dizia tão certo de suas ideologias encontra-se imerso na contrariedade.

Mas a maior beleza da desconstrução está no que se aprende, mesmo ferindo seu orgulho, mesmo se indignando, ao reencontrar seu equilíbrio, e enfim se acalmar em meio a esse turbilhão de informações, você percebe o quão prazeroso é observar o mundo com novos horizontes, um horizonte movimentado, onde se aprende a respeitar as reformulações de idéias e adere a essa perspectiva, até porque mais contraditório que questionar sua "verdade absoluta" é manter-se imutável numa sociedade dialética.


Em uma reflexão mais particular sobre o texto, não poderia deixar de citar aqui Green Day - 21 Guns, ''poemisa'' bem as minhas falas!

When you're at the end of the road
Quando você está no final da estrada
And you lost all sense of control
E perdeu todo o controle
And your thoughts have taken their toll
E seus pensamentos te assombram
When your mind breaks the spirit of your soul
Quando sua mente arrasa com sua alma
Your faith walks on broken glass
Sua fé anda por vidros quebrados
And the hangover doesn't pass
E a ressaca não passa
Nothing's ever built to last
Nada é feito para durar muito
You're in ruins
Você está em ruínas

One, 21 guns
Um, 21 tiros
Lay down your arms
Baixe suas armas
Give up the fight
Desista de lutar
You and I
Você e eu

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FUCK OFF!


Fuck off pra esses padrões medíocres, pra essa mídia manipuladora, pra esse sensacionalismo banal, pra essas doenças culturais, pra esse sistema capitalista.

Tem mais fuck off pra esses machistas, conservadores, fanáticos, exploradores... Fuck off pra as pessoas submissas, que trocam a sua liberdade e direito de pensar por idéias pré-moldadas, para aqueles que acham que fazem criticas construtivas sendo que as próprias críticas foram estabelecidas por outros.

Fuck off pra tudo que esta errado, porque as vezes cansamos de criticar, cansamos de tentar fazer a diferença no nosso grupo social, tentamos conscientizar os demais, e tudo que conseguimos é a fama de utópico...

Utópico pra mim é bilhões de pessoas abrirem mão da sua cidadania apenas por preguiça de pensar, por medo de lutar, por estarem entalados ate a garganta de comodismo. Pena que essa realidade não é absolutamente nada utópica...

Hoje é daqueles dias que você quer mesmo mandar apenas um fuck off para os problemas sociais ja que infelizmente não existe herói no mundo que nos salve desse estado de a insanidade, e os poucos que tem são vítimas da opressão da mídia e/ou domínio dos mafiosos.

Não é visão nagativista, apenas crise de exaustão da minha impotência.

Por isso, cante para o seu bairro ouvir (até porque dimensão planetária é meio exagero, isso se bairro ja não for né?!) o hino da insatisfação (green day, american idiot) :
" Welcome to a new kind of tension
Bem-vindo a um novo tipo de tensão
All across the alienation
Baseado na alienação
Where everything isn't meant to be ok
Onde tudo é feito para não dar certo
Television dreams of tomorrow
Os sonhos criados pela televisão
We're not the ones who're meant to follow
Os quais não somos obrigados a seguir
For that's enough to argue
Já nos dão razão suficiente para nos opor "

E quando quiser descansar, se entorpeça de álcool e cante o hino da exaustão (ke$ha, we r who we r) :
"DJ turn it up
DJ, aumenta o som
It's about damn time to live it up
É a maldita hora de viver a vida
I'm so sick of being so serious
Estou tão cansada de ser tão séria
It's making my brain delirious
Está fazendo meu cerébro delirar"

E se nada der certo meu caro, mande o ultimo FUCK OFF e vire hippie!

E ainda se nada aqui tiver algum nexo pra você, mande um fuck off pra mim e depois lembre: o ser humano é a obra mais ambígua, tosca e... ahh, apenas fuck off e fim.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Respeito



Não somos tão coerentes assim quanto gostaríamos... Somos capazes de admirar profundamente toda a diferença cultural no âmbito religioso, mas na hora de respeitar um simples gosto musical o assunto muda. Somos capazes de repugnar o estereótipo nordestino e ao mesmo tempo considerar que a maioria dos profissionais da área de saúde são alienados. Além de termos a incrível facilidade de dizer que respeitamos as distinções de cada homem mas que definitivamente o meu ponto de vista é o mais apurado.

Enfim, no que consiste respeito? Por que aceitamos em nós o antagonismo mas no próximo não? Qual é a diferença entre eu e ele?

Vocês não acham hipocrisia em um país tão miscigenado, abençoado por Deus, Olorum, Jeová, Oxalá, Alá, termos impregnado tantas convicções? Vocês não acham hipocrisia também, termos a mais clara certeza que todo ser humano é diferente e mesmo assim considerar as nossas verdades imperiosas?

E quando consideramos adolescentes que idolatram um famoso mais alienado que nós, que só enxergamos a nossa versão e em nenhum momento nos questionamos sobre isso.

Ja dizia Nietzsche: ''As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras.'' Mas é claro, o indivíduo toma a sua verdade como absoluta, para ele e para todos, tornando-se altivo, sectário e alienado das próprias convicções.

Cuidado! Você como ser humano esta propício a sobrepor sua opinião a de qualquer um, e ao mesmo tempo achar imperdoável o modo como a burguesia controla o sistema por exemplo. A final, qual é a diferença de uma pessoa que não respeita a opinião do seguinte com aquela que não respeita a condição humana de cada um? Será mesmo que ha um abismo separando essas ações ou apenas lhe falta poder para agir assim?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Última das Garotas Americanas


Ela põe sua maquiagem
Como grafite nas paredes da terra-natal
Ela tem um pequeno livro de conspirações
Em sua mão
Ela é uma paranóica como
Espécies ameaçadas de extinção
Ela é única
Ela é a última das garotas americanas

Ela veste seu sobretudo
Para a chegada do inverno nuclear
Ela está andando com sua bicicleta
Como uma fugitiva da massa crítica
Ela está em greve de fome
Por aqueles que não conseguirão comer o jantar
Ela ganha o suficiente para sobreviver
Em um feriado da classe trabalhadora

Ela é uma fugitiva do sistema incorporado
Ela não vai cooperar
Ela é a última das garotas americanas

Ela toca seus discos de vinil
Cantando canções à beira da destruição
Ela não é nada quando comparada
Aos criminosos quebrando as regras
Ela virá primeiro
Para o fim da civilização do oeste
Ela é uma guerra sem fim
Como uma heroína da causa perdida
Como um furacão
No coração da devastação
Ela é um desastre natural
Ela é a última das garotas americanas

Green Day - Last Of The American Girls

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Fizeram-nos acreditar


Fizeram-nos acreditar que futuro garantido tem engenheiro e médico.
Fizeram-nos acreditar que vale mais uma profissão que ganha bem do que uma profissão bem exercida, que a professor e gari não se é dado devido valor nesse país.
Fizeram-nos acreditar que que o futuro esta longe de mais, e que a Deus pertence.
Fizeram-nos acreditar que ter em excesso satisfaz nossos anseios e que só existe um amor em toda a vida.
Fizeram-nos acreditar que nossos políticos são irrecuperáveis, e que se estivéssemos no lugar deles agiríamos da mesma forma.
Fizeram-nos acreditar que uma mulher para chamar atenção além de ser vulgar ela tem que ser bissexual, o corpo por si só ja não é o bastante para despertar interesse.
Fizeram-nos acreditar que há mais pessoas ruim no mundo que boas, que a esperança da humanidade ja se exauriu há tempos.

Só não nos fizeram acreditar que pensamos sozinhos, que não nos permitiremos sermos subjugados a estereótipos, e que fantoche limita-se a existir apenas em peças teatrais.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um dia você aprende que...



"Depois de algum tempo você aprende a diferença,

a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,

e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos

e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida

e olhos adiante, com a graça de um adulto

e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,

porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,

e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima

se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe,

algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,

ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança

e apenas segundos para destruí-la,

e que você pode fazer coisas em um instante,

das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer

mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida,

mas quem você é na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos

se compreendemos que os amigos mudam,

percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,

ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida

são tomadas de você muito depressa,

por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos

com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,

mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,

mas com o melhor que você mesmo pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,

e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,

mas se você não sabe para onde está indo,

qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,

e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,

pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,

sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,

enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute

quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência

que se teve e o que você aprendeu com elas

do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,

poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia

se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,

mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer

que ame, não significa que esse alguém não o ama,

pois existem pessoas que nos amam,

mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,

algumas vezes você tem que aprender a si perdoar.

Aprende que com a mesma severidade com que julga,

você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,

o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,

ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...

que realmente é forte, e que pode ir muito mais

longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor

e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem

que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


William Shakespeare

terça-feira, 6 de julho de 2010

Preliminar


Como iniciante, a primeira coisa que pensei foi: ''que tipo de blog farei? Do tipo pessoal, reflexivo, crítico... qual?'' E ao fim decidir não me limitar, tudo se torna tão tedioso quando se cai na rotina. Portanto, dedicarei o meu primeiro poste a uma pessoa óbvia, eu. Ate mesmo para que todos tenham noção dos próximos postes.
Ser sincera é algo extremamente difícil, além do mais admitir suas fraquezas fere com o seu orgulho da pior maneira possível. Mas enganar a si mesmo é realmente ridículo, o que a minha índole não permitiria.
Então, começo dizendo que tenho medo das críticas, do fracasso, das risadas maliciosas, de não ser correspondida e de tudo que lembre isso. Porém tenho consciência que isso vai acontecer, e tenho vontade de superar, sempre! Não sou muito diferente dos demais seres humanos, tenho minhas dúvidas existenciais, meus momentos fúteis, criticos e ate mesmo momentos que tento bancar a engraçadinha. É difícil me limitar a palavras, além do mais tenho uma identidade em constante construção, mas posso lhe afirmar que contradição é uma palavra que me define bem, e um dos pensamentos 'auto-biográfico' que mais admiro é ''não sei exatamente quem eu sou, mas sei quem eu não sou''.
Enfim, termino aqui meu primeiro poste, tentanto apenas definir um caminho menos rígido para percorrer.