domingo, 17 de abril de 2011

Apesar de você...

ter feito a diferença algum dia da minha vida, eu prossegui.
Conheci pessoas, lugares, tive outras experiências sabe?
Me diverti, decepcionei, me encantei.
Amadureci, aprendi, reconstitui.

Apesar de você ter sido tão singular eu vi, e vivi, o outro dia.
Vivi como qualquer pessoa normal, com problemas e risadas.
Vi a beleza, a tristeza, a dúvida e a certeza.

Nem sempre senti sua falta, nem sempre te respeitei, nem sempre acreditei ou confiei.
Mas sempre questionei (e questiono!) tudo que ouvi, e pensei...

Apesar dos pesares e das delícias, eu tentei prosseguir.
Conheci pessoas, lugares, tive outras experiências sabe?
Mas, volta e meia você volta. De alguma maneira, por algum motivo e meio, sempre volta.

Volta como se nunca tivesse ido, volta como se estivesse apenas temporariamente inibido.
Não volta, mas apenas acorda.
Me acorda pra aquela realidade que me lembra que mesmo amanhã sendo outro dia, ainda tem você. Ainda penso em você. E ainda... duvido de você.

E mesmo depois de tanto questionar, duvidar, desejar e rezar... a resposta nenhuma consigo chegar. Acho que por insegurança. Ou por falta de confiar.

Acho também seja por misturar o ato de pensar com o de sentir, a nenhum caminho consigo prosseguir.

Apesar de você... Amanhã hei de apreciar, e compreender, tudo com autonomia e neutralidade. E um dia uma resposta concluir, e nela crer; crer na conclusão que cheguei sobre você.

Mesmo com as incertezas, a tendenciosidade, amanhã há de ser outro dia. O dia que você volta como se estivesse apenas inibido e me acorda. Ou não.

domingo, 10 de abril de 2011

O vazio do coração


Ela sente falta.
Da presença, do carinho, do olhar.
Mas sempre supera, lida com a vida que não a espera.

Segue seu caminho, seus estudos,
feliz com sua família.
Mas ela sempre vai sentir falta.

Falta daquele olhar que só vem de um lugar,
mesmo que ela receba vários outros tão importantes quanto.
A ausência da comparência sempre deixa a desejar.

Falta do sorriso, do ombro amigo,
que as palavras no telefone não as suprem,
nem as promessas que se distanciam da verdade.

Onde esta você, além de aqui dentro de mim?
Neste lugar que não sei onde fica, só sei que está incompleto
Esperando pelo seu afeto.

Ao Fim De Tudo


Minhas lágrimas não caem mais,
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do Sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz
O vazio de viver só...

Se alguém encontrou um sentido para a vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo transformando o silencio que até então é mudo
Naquela canção,
que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala frente ao tempo que não para frente a nossa lucidez ♪

Duca Leindecker

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Jéssica


Existem várias delas
Com defeitos e qualidades em variedades
Mas
uma em especial
Tenho
com ela uma amizade surreal

Com ela que aos 13 fugíamos de casa juntas
E que constantemente (e comicamente) sonhava
Que nossos pais nos capturava
Das nossas infantis aventuras

Aquela a qual uma lia o diário da outra
De onde, sem querer, confirmávamos
Mais do que confiança mútua
Nossa irmandade presa laços

Ela que inexplicavelmente como
Me apresentava as mais lindas odisséias
Pelo simples ato de recordar
Ou de juntas sair, beber, dançar e brigar!

Ela que divido tudo
Roupas, bijuterias, dúvidas e descobertas
E faz com que aqueles sentimentos mais clichês
Não sejam para mim meramente démodé

A você minha queria amiga
Um mundo de fantasias submergidos na realidade do dia a dia
Para que sempre, SEMPRE seja abençoada e feliz
E conte comigo como sua força motriz.

Ps.: I'm here with you, all the time s2

sábado, 2 de abril de 2011

Pior que um é nenhum



 Deixe-me desculpar pra começar. Deixe-me desculpar pelo o que estou preste a dizer, penso que sinto algo por você.
 Isso é estanho, como pensar em sentir?
 Simples, o problema todo esta em admitir. Isso é tão clichê... Os povos mesopotâmicos, egípcios, da terra média, dos anos 30, nossos contemporâneos... Todos temos uma grande dificuldade de lidar com o orgulho, com o medo, com a rejeição.
  Se acreditamos na vida eterna, se acreditamos que só estaremos aqui na Terra uma única vez, se temos certeza da morte... Por que limitar nossos sentimentos apenas ao nosso coração? Por que não espalhar nossas ideias, nossos afetos, nossos sentimentos? Por que nos sentirmos vítimas com corriqueiros fatos da vida?
 Deixe-me desculpar pelos meus 'e se?', probabilidades e/ou possibilidades nunca fez alguém chegar a algum lugar.
 Deixe-me desculpar por ficar 'entre', entre minha dúvida e minha fé, entre mentira e a verdade, coragem e medo, entre a superficialidade e a entrega.
 Um dia eu fui minha própria segurança, só eu me bastava, mas hoje, hoje tudo mudou. Tudo mudou quando decidir enxergar o mundo tal como eu entendia, e não como outros me sugeriram uma compreensão. Tudo mudou quando percebi que agora eu tenho que me virar, que meus sentimentos são comuns e não devo sentir necessidade de pedir ajuda por algo que todos passamos, e que de alguma forma temos dificuldades semelhante.
 Tudo mudou quando percebi que começar pode ser tão simples, que dizer adeus nem sempre é o melhor caminho, que a rejeição nem sempre representa um 'não' definitivo.
 Tudo mudou quando percebi que pior que um é nenhum. Pior que ter uma chance é não pensar nem por nenhum segundo em aproveita-la, pior que não amar uma pessoa é não escolher nenhum indivíduo para compartilhar tal dádiva, pior que não ter um sentimento positivo e não desenvolver nenhum dentro de si.
 Pior que não acreditar que temos uma única qualidade, é nunca termos vistos as inúmeras que nós mesmos possuímos, e as outras que todo mundo também. Qualidades que nos completa, ensina, amedronta ou encoraja. Que nos faz sentir vivos ao nos fazer sentir como se realmente tentássemos, aproveitássemos, do tempo e das oportunidades que sabemos que temos e que vivemos no presente.
 Deixe-me desculpar por pensar de mais, e sentir de menos.