terça-feira, 14 de dezembro de 2010

No País das Maravilhas


Gozado como as coisas são. Nunca pensei que fosse um dia enxergar a humanidade com olhos de criança.

Veja bem, quando eu era uma criança olhava tudo como tal, mas de fato não enxergava, entende?

O que quero dizer é que simplesmente ver é muito diferente de enxergar.

Hoje, por traz dos olhos de uma mulher, tem um senso crítico absurdo de uma criança muito muito má, que questiona tudo que vê e tudo que ouve, como se fosse perfeita.

Acontece que é tudo tão espontâneo em mim, que é impossível conter. Escrevo sobre os pensamentos, porque as palavras nunca saem quando deviam sair. Incrível é a minha capacidade de inibi-las. Fico pensando em inúmeros momentos que deixei de viver simplesmente porque me calei. Sabe aquelas ultimas frases antes de um beijo? (naqueles filmes água com açúcar) ou qualquer comentário que alguém espera, em um infinito segundo de silêncio.

Acredito no caráter e na verdade que cada um tem dentro de si, acredito na criança louca para fazer uma observação pura, cruel e sem pudor, mas contida pelas boas maneiras, acredito no Pais das Maravilhas onde todos são loucos simplesmente por estarem lá. Você sabia que cada pessoa que diz que fadas não existem, de forma muito cruel uma delas morre? Também dizem na Terra do Nunca que 1 menina vale por 20 meninos! E ainda que pensamentos felizes te fazem voar... Isso não te parece loucura? Também achava insano, até que certo dia resolvi assistir o Jornal Nacional.

Érica Ferraz

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