quarta-feira, 18 de abril de 2012

Do caus ao furacão


É uma dor aguda, uma dor sem nome, sem cor, sem toque. Por isso é tão forte.
Uma dor de memória, de sonhos, de possibilidades.
Uma dor de perguntas sem respostas.
Dor que dói os ossos, esfria o estomago, acelera o coração, seca lágrimas.
Dor daquilo que não foi vivido, sentido, ouvido.
Dor do vazio...

Mas as lembranças, ah! Essas são de fazer o sujeito perder a voz!
Cada esquina, cada olhar, uma recordação.
Letras, palavras, orações, frases... Recheadas de lembranças.
Lembranças agudas, com nome, com cor, com textura. Por isso são tão fortes.

Por isso é tão difícil, são dores e lembranças heterogêneas demais pra caber dentro de um mesmo ser. São perguntas demais, sentimentos demais. Racionalidade e irracionalidade se colidem.

É, eu vou de volta ao começo. Do caus ao furacão.
Por uma alma equilibrada e um córtex eficiente.

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